CICLOS
Nesta imagem, corpo e natureza não coexistem — eles se tornam um só. As folhas se entrelaçam ao ser humano como memória viva de um tempo em que éramos inteiramente natureza, antes da separação imposta pela modernidade. Há uma força silenciosa que brota do olhar do modelo, envolto em galhos e folhas, como quem carrega no peito o pulsar de uma floresta inteira. A imagem evoca renascimento, cura e ancestralidade. O verde intenso não apenas colore, mas também sussurra: somos parte do ciclo. O corpo, pintado, texturizado, marcado pela terra, sugere um ritual de reconexão — com o planeta, consigo mesmo, com a origem. Há beleza na vulnerabilidade da entrega, e poder na comunhão com o todo. "Ciclo" nos convida a repensar nossa existência não como dominadores do ambiente, mas como frutos dele. Um lembrete poético de que, ao voltarmos para a natureza, estamos voltando para casa.