Natureza em fúria
"O Grito da Terra" é uma explosão de força contida. O personagem, coberto de textura terrosa, se funde a ramos e folhas enquanto sua boca se abre em um grito ancestral — uma expressão de dor, revolta, libertação e pertencimento. O fundo escuro e esfumaçado contrasta com a iluminação intensa no rosto, trazendo à tona a tensão entre o que é sufocado e o que precisa emergir. É a natureza em fúria, mas também o humano que já não suporta se desconectar do que é essencial. É o rugido de quem reencontra sua raiz, sua dor e sua força. Nesta obra da exposição "A Natureza Somos Nós", o corpo é floresta, o grito é semente, e a arte é o eco de um mundo que pede para ser ouvido.